domingo, 23 de dezembro de 2012

Calada

O vento que bate até onde me perco
onde não vejo outros sinais
e me encontro
me vejo de novo perdida
e sem jeito

me sento na estrada e observo a rua
mas nada me afeta
como antes
viajo sozinha
me deixo levar
pra bem longe
bem longe
cansei -me das falas de amor
das loucas palavras
abri as correntes
me deixe calada

Estampa

Estampo seu rosto
estampo meu riso
enquanto as ondas vem e vão

Estampo sem querer
a marca do teu nome
enquanto as ondas se vão

tudo passou.

Dia Nublado

vento gelado
noite fria
apenas o som da chuva aqui

vento gelado
noite sem vida
palavras ao vento
sorriso aqui

vento que sopra
folhas que caem
solidão na noite
e apenas  silencio

vento que sopra
meu olhar gelado
noite sem fim
dia nublado

Embriaguês

tanta diferença
inconsciência
tanta desigualdade
falta de oportunidade
 
tantos sonhos desfeitos
preconceitos
tanta insensatez
embriaguês





 

A chuva que passa

A chuva passa
mais nada
sem cor , sem brilho
sem rosas
a vitrine agora embassada
a água que corre
a noite que passa
e passa fria
gelada
a noite que passa
surpresa
sem pressa
apenas a chuva que corre
e corre sozinha
na noite
sem brilho
tão fria
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Espera

Chega, entra , espera
em silencio
derrama sua voz sobre o vazio
nada mais ,
não olhe,
espera
simplesmente, chega mais devagar
derepente
sem avisar
sem nada falar
apenas chega
sem pressa
sem medo
traz o teu riso

No Ano Novo Temos que Fazer Diferente